Todo mundo concorda que o SP2 é muito bonito não é mesmo? Mas sempre tem um jeito de deixá-lo irresistível...
Fotos postadas no Facebook pelo meu amigo Stefano Jusepe Ferrati. Infelizmente não sei quem foi o fotógrafo.
E você, já curtiu nossa fanpage?
Uma clássica cena de meados da década de 70. Uma família passeando na Praça Dante Aliguieri em Caxias do Sul/RS. Provavelmente no inverno, a julgar pelas roupas. Ao fundo a conhecida Joalheria Kayser, que existe até hoje.
Mas quem realmente roubou a cena foi o SP2 amarelo lá no fundo...
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Foto: Viviane Severien |
Hoje em dia é bem comum levarmos nossos carros à uma oficina, conectarmos um laptop nele e termos um diagnóstico preciso de como está a saúde do motor e demais sistemas do automóvel, muitas vezes prevendo problemas futuros.
Um dos primórdios desse tipo de verificação foi o chamado Volkswagen Diagnose, lançado em 1973 pela montadora, apresentado no 8º Salão do Automóvel e que pretendia uniformizar a forma como os carros da marca eram verificados nas concessionárias, numa época em que os métodos não eram muito precisos, muitas vezes dependendo exclusivamente da experiência do mecânico.
O processo consistia em levar o automóvel em uma concessionária, onde eram verificados cerca de 70 itens diferentes sem a desmontagem de nenhuma peça. Um orçamento detalhado era passado ao proprietário que podia então aprovar ou reprovar o orçamento. O sistema era simples para os padrões atuais mas foi uma revolução naquela época, consistindo basicamente de um elevador hidráulico, um equipamento para alinhar os faróis e dois armários. O da direita guardava as ferramentas específicas (luz estroboscópica, medidor de compressão dos pistões, equalizador para carburação dupla, chave de torque, compressor de ar, entre outras) e o armário da esquerda guardava as ferramentas manuais normais e algumas específicas da própria VW.
Os cartões eram do tipo perfurados e traziam os dados de local onde a revisão foi feita, datas, número do chassis e modelo do automóvel, entre outros. Toda manutenção feita era marcada nesses cartões de 10, 20, 30 e 40 mil Km e, a partir de março de 74, a Volkswagen tornou estas revisões gratuitas para quem adquirisse um modelo zero Km.
Para aumentar ainda mais a exposição da marca e incentivar os proprietários a utilizarem o sistema, os manuais de 1974 e 1975 tiveram suas capas alteradas em função do Volkswagen Diagnose, ficando com fundo preto e trazendo o logotipo na capa.
Além disso, todos os automóveis que passavam pela revisão ganhavam um adesivo que era instalado no vigia traseiro e traziam a inscrição: "Venho do Diagnóstico VW. E... vendo saúde."
A revista Quatro Rodas, edição nº 150 de janeiro de 1973 fez uma matéria especial sobre o sistema inovador da Volkswagen, porém mencionando que não era o mesmo sistema adotado na Alemanha, que era muito mais avançado.
Houve um comercial para TV também:
Conforme foi mencionado na matéria da revista Quatro Rodas, o sistema adotado no Brasil não passava de um controle mais rigoroso das revisões de cada carro e uma padronização dos processos a serem seguidos pelos mecânicos, muito diferente do sistema de diagnóstico utilizado na Alemanha na mesma época.
Em breve irei fazer uma postagem falando sobre os detalhes do sistema de diagnóstico alemão. Aguardem!