O sucesso do motor boxer a ar atravessa todas as fronteiras e aparece nos locais mais inesperados. Até mesmo na Tailandia. Para se ter uma idéia da paixão dos tailandeses pelos Volks a ar, será realizado em 20 de dezembro o Bangkok VW Show 2009, um encontro enorme só com veículos VW a ar.

Foi realizado nos dias 21 e 22 de novembro no pavilhão de exposições do Parque Barigui em Curitiba a edição 2009 do Curtyba Classic Cars - 1º Encontro Nacional de Automóveis Antigos, Clássicos e Especiais de Curitiba. Novamente a cidade provou que realmente tem capacidade de sediar eventos como esse, de primeira qualidade, onde participaram cerca de 400 veículos, muitos dos quais tiveram sua primeira aparição neste evento, como foi o caso de  um Cadillac Biarritz 1958 (único exemplar no Brasil) e um Plymouth Road Runner.

O meu amigo Adriano Esteves do Blog dos Antigos, enviou estas fotos de dois lindos VW SP2 que estiveram participando do evento. Mais fotos de outros carros participantes, podem ser conferidas no seu blog.

Pouca gente conhece mas na década de 80 a empresa de plásticos Uirapuru, lançou no mercado brasileiro uma miniatura do Volkswagen SP2 com carroceria do tipo bolha, onde o plástico era injetado numa forma por ar comprimido, deixando seu interior oco. O brinquedo media cerca de 19cm e vinha com diversos opcionais off-road (de gosto duvidoso): faróis de milha, estepe em cima do capô e um motor 8 cilindros... hehe... Mas a molecada se divertia muito com estes carrinhos.

Mais informações sobre miniaturas de SP2 aqui e aqui.

O novo respiro veio, inclusive, com a tampa de plástico (cód. 311.115.485). Isso foi ótimo pois a minha estava com o miolo rachado. A intenção agora é cromar esta peça também, pois ela fica bem exposta no topo do motor e merece um cuidado especial.

Estas fotos foram enviadas pelo pessoal do Clube do VW de Caracas, mostrando um SP2 no Chile. Apesar de estar um pouco judiado, tem muitos dos detalhes originais ainda.

Já é difícil acharmos peças originais para os Volks SP2 aqui no Brasil, imaginem em outros países.

Mesmo a foto estando um pouco esbranquiçada, a cor parece ser o Violeta Pop. Esta cor não teve uma aceitação muito grande, por isso é bem rara de se encontrar.

Mais sobre SP2 pelo mundo afora neste link.

Direto da Bélgica vem este blog do meu amigo Jurgen, que contará passo-a-passo o projeto de restauração de um Volkswagen Type 34 Ghia, com direito a pintura preta e teto solar elétrico.

É uma pena que o Type 34 não tenha sido comercializado no Brasil, pois acho um carro muito charmoso.

Boa sorte Jurgen!
Mais informações sobre o Type 34 aqui.

Eu havia comentado sobre o trabalho feito na caixa de ar do motor, neste link.

Agora foi a vez de dar o acabamento final com tinta Alumínio Alta Temperatura em spray. O resultado agradou bastante.

O texto abaixo saiu na Revista 4 Rodas, porém não lembro qual edição. Expressa muito bem a relação que temos com nossos amados carros antigos. Boa leitura.

Por Flavio Gomes*

Não queira ter uma relação com seu carrão cheio de botões, reboque cromado para não puxar nada, flex powers, trios elétricos, fly by wire, e ABS igual à que eu tenho com os meus. Você vai perder. Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam.

Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estancar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo, vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá.

Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca. Um frasco com gasolina para jogar no carburador de vez em quando, um galão de água para refrescar o radiador. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você.

OK. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com o sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão só vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques.

Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Aliás, sei onde fica o giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica.

Seu carro é um emérito desconhecido sem história ou currículo. Os meus têm 40 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente.

Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário?

Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passam, fazendo barulho e soltando fumaça.

Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir.

* Flavio Gomes, 41, é jornalista, tem sete DKWs, quatro Volkwagens e uma Lambretta, todos fabricados entre 1958 e 1970. Está à procura de um Passat, "para colocar volante de TS e um toca-fita Bosch Rio de Janeiro com amplificador Tojo".

Por que será que somos tão apegados em detalhes? Eu já havia falado sobre um chaveiro original do revendedor VW Karl Iwers que eu adquiri no Mercado Livre, nesta postagem.

Bom, agora foi a vez de trocar a chave do Volks SP2 pelo modelo original de 1975, que é toda em metal e em formato de gota, com o logo da Volkswagen gravado nas duas faces. A que veio com meu SP2 era do modelo mais novo, com empunhadura em plástico.

Vejam a diferença:

Esta chave eu adquiri num distribuidor de chaves aqui em Porto Alegre, que tem um vasto estoque de chaves automotivas originais de várias épocas. Se alguém tiver interesse, envie um e-mail com a chave que procura que eu posso conferir se a empresa possui o modelo em questão.

Fotos tiradas neste domingo (15/11), no 4º Encontro de Fuscas e Derivados de Porto Alegre, realizado no Clube Farrapos, organizado pelo Fusca Clube de Porto Alegre. Cerca de 100 veículos participantes.

O dia não ajudou muito, o céu tava bem cinza mas não chegou a chover, mesmo assim o público compareceu em bom número.