Falando ainda em miniaturas, meu amigo José Almeida Muñoz, enviou-me algumas fotos de uma miniatura em escala 1/43 do SP2 que ele adquiriu no site Carmodel. Trata-se de uma mini da marca NEO, ao qual eu já havia falado nesta postagem.
Segundo o José, a miniatura é muito fiel ao carro original, rica em detalhes, inclusive em seu interior.
Segundo o José, a miniatura é muito fiel ao carro original, rica em detalhes, inclusive em seu interior.
O que achei interessante é o fato de ter uma miniatura á venda na tonalidade vermelha, muito parecida com a mini oferecida aqui no Brasil pela Planeta DeAgostini, que foi comentado na postagem anterior.
Se bobear, a miniatura oferecida aqui no Brasil foi baseada na miniatura da NEO, pois a semelhança é bem grande.
Saiu no excelente blog T-Hunted a notícia de que acabaram de serem lançados mais 3 modelos da série Carros Inesquecíveis do Brasil, da Editora Planeta DeAgostini, na escala 1/43. E um deles é o Volkswagen SP2. As miniaturas parecem muito bem feitas e fiéis ao modelo original.
Os outros dois modelos são um Gurgel Xavante e um Galaxie 500.
Trata-se de uma coleção com periodicidade quinzenal, onde cada fascículo traz uma miniatura e dados sobre a história do carro em questão. Infelizmente não é muito fácil encontrar esta coleção nas bancas. Aqui em Porto Alegre, por exemplo, não vi em nenhuma banca de revistas.
O SP2 tem tudo para ser vendido a peso de ouro para os colecionadores de miniaturas.
Quem coleciona carros antigos e gosta de incrementá-los com acessórios de época, sabe o quanto é difícil encontrar este tipo de acessório. Em se tratando de Volkswagens das décadas de 50 e 60 torna-se um pouco mais difícil pois a maioria dos acessórios eram importados, principalmente da Alemanha.
Bom, agora temos mais um local para procurar. Trata-se do site Classiccult Vintage Volkswagen Accessories do meu amigo Lutz. É um site alemão especializado em acessórios para Kombis, Karmann-Ghias, Porsches e Fuscas, principalmente os ovais e splits.
Vale a pena uma passada no site, pelo menos para conhecer um pouco mais sobre os acessórios oferecidos naquela época.
Agora chegou a hora de desmontar todo o conjunto. Começamos com as alavancas de comando, primeiro a dos piscas. Para começar, soltamos quatro parafusos que se encontram nas laterais das peças. Eles são um pouco longos e presos diretamente na base de metal do volante.
Após soltar os parafusos, basta puxar o conjunto da alavanca dos piscas e depois o do limpador de pára-brisas. Note que existem 4 pequenos tubos metálicos que servem de guia para os parafusos (na foto abaixo eles aparecem fixos na alavanca do limpador.
Na alavanca do limpador existe um mecanismo um tanto complexo e muito frágil e que, por isso, é difícil encontrarmos um SP2 com ele funcionando. Trata-se do mecanismo que esguicha água nos vidros. Ele é mecânico, pneumático e elétrico, tudo ao mesmo tempo. Eu explico: o sistema utiliza o ar proveniente do estepe, que pressuriza a água do reservatório e a envia pelas tubulações até o esguicho (brucutu). Este fluxo de água é controlado por um diafragma que se abre quando puxamos a alavanca do limpador em direção ao volante. Abaixo vemos um detalhe da peça, com a entrada/saída de água. A água entra pelo bocal de baixo e sai para o brucutu pelo bocal de cima. A peça azul no meio dos bocais é um espaçador plástico que evita que eles se movam quando estão instalados na base do volante.
As próximas fotos detalham o sistema elétrico e o pino do diafragma.
Quando puxamos a alavanca um pino move-se no sentido da seta vermelha e pressiona outro pino (círculo verde) que abre o diafragma, liberando o fluxo de água. Ao mesmo tempo, uma palheta metálica fecha contato (círculo azul) e faz com que os braços do limpador movimentem-se para limpar o pára-brisas, isso enquanto a alavanca é puxada, depois eles voltam à posição de descanso.
Soltando-se dois pequenos parafusos, podemos tirar a peça do diafragma. É bom certificar-se de que não tem nenhuma sujeira entupindo os bocais.
A próxima foto mostra, em detalhe, o pequeno pino do diafragma. Estas peças são todas de plástico e são muito pequenas, por isso requerem um cuidado extra na sua limpeza e manuseio.
Após a retirada das alavancas, temos acesso a dois parafusos que irão liberar o cilindro da ignição, como mostra a foto abaixo.
Soltos os parafusos, podemos retirar uma peça metálica que serve de trava externa para o cilindro.
Viramos então a base do volante e, pela parte de trás, pressionamos o "gatilho" do mecanismo de trava do volante (seta vermelha), ao mesmo tempo em que empurramos o cilindro para frente.
Feito isso, o cilindro já estará liberado.
Agora podemos realizar a manutenção/lubrificação do cilindro de ignição. Para soltarmos o cilindro das chaves (muito útil quando precisamos trocar o segredo das chaves) introduzimos uma pequena chave-de fenda, do tipo de relojoeiro, em um orifício na lateral da peça, pressionando uma mola que irá liberar o mecanismo.
Já para liberarmos a base do cilindro (onde estão os contatos elétricos), soltamos um pequeno parafuso (circulo vermelho) na base da peça, e puxamos os contatos para trás. Notem que não existe o tal parafuso na peça que eu comprei.
Com isso, chegamos ao fim de mais esta etapa. Na próxima postagem eu mostrarei como tirar o rolamento da haste do volante.
Até mais.
Salve galera! Passada a correria de final de ano e com o ânimo renovado para 2013, vou iniciar uma série de postagens abordando detalhes da base original do volante do SP2. Esta peça é feita de metal e tem a numeração 149.953.503.2 (completa, com as chaves combinadas dos piscas e limpadores, cilindro de contato e trava de direção).
Ocorre que esta peça do meu SP2 está em péssimo estado, com sua base cheia de rachaduras e com o temporizador do limpador travado, além de que a chave dos piscas não era original do SP2, pois é de plástico e a original é de metal. Estas rachaduras devem ser fruto de pancadas que a peça pode ter levado para ser solta do eixo do volante há alguns anos atrás. Por sorte achei a peça completa à venda no Mercado Livre e não hesitei em comprá-la.
Mesmo estando com a pintura bem arranhada, a peça está bem íntegra, sem rachaduras ou amassados.
Bom, a primeira tarefa será desmontar todo o conjunto para revisar e limpar as peças. Mas antes vamos detalhá-las um pouco.
A foto abaixo mostra o encaixe das mangueiras do sistema de lavagem do pára-brisas, algo que não existia no meu carro, pois os bicos quebraram. Mais adiante eu detalharei melhor esta peça.
Aqui vemos os contatos do cilindro da chave. O chicote original possui um conector plástico que reúne todos os fios juntos (mais um item faltante no meu SP2).
As duas próximas fotos mostram em detalhes o rolamento do eixo do volante e, mais à frente, o mecanismo de travamento do volante. Vale salientar que o SP2 é o único Volkswagen da época que utilizava um rolamento diferente dos seus irmãos, com uma bucha espaçadora de plástico própria do modelo e sem a utilização de mola tensora.
Agora vemos o detalhe do grafismo das hastes de comando, bem diferentes que os outros modelos.
Na próxima postagem explicarei como desmontar todo o conjunto. Até mais.